A Ordem dos Médicos assinalou o dia 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, celebrando nas suas redes sociais o trabalho executado pela Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP) em prol da partilha de conhecimento médico e da promoção da cultura lusófona nomeadamente através do prémio literário criado por iniciativa da Ordem dos Médicos portuguesa. 

O XII Congresso da CMLP aconteceu recentemente em Maputo, Moçambique, e foi nesse evento que Francisco Pavão, médico especialista em Saúde Pública e secretário permanente da CMLP, propôs, em nome do Bastonário Carlos Cortes, o lançamento da segunda edição do Prémio de Literatura da CMLP – uma iniciativa que reforça o valor da cultura e da partilha de experiências entre os médicos de língua portuguesa, iniciativa prontamente acolhida pelos presentes. Recordamos que a língua portuguesa é uma das mais faladas no hemisfério sul. Neste encontro da medicina lusófona tomou posse a nova direção da CMLP que ficará a cargo da Ordem dos Médicos de Moçambique.

O congresso centrou-se no tema “Os Desafios da Ética na Investigação e Tecnologias Médicas”, sublinhando a urgência de debater não só os avanços científicos, mas também os seus limites éticos. Especialistas lusófonos trocaram perspetivas sobre:  o rigor na investigação clínica – da conceção ao consentimento informado, a bioética dos dados médicos e das IA aplicadas à saúde, a regulação de tecnologias emergentes, e a proteção dos direitos dos pacientes em ambientes de inovação tecnológica. O debate destes temas espelha a crescente preocupação ética no uso das novas ferramentas na medicina — uma discussão essencial para garantir que o progresso científico respeite sempre a dignidade humana. O Bastonário da Ordem dos Médicos de Moçambique, Gilberto Manhiça, deixou durante o congresso o apelo para reforçar a cooperação formativa dentro da lusofonia — atitude que visa elevar o número e a qualidade dos especialistas nos países da CMLP.