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Em 2025, a inteligência artificial generativa está a ser usada sobretudo como apoio emocional, com aplicações em contexto terapêutico e de companhia. Esta é a conclusão do relatório “Os 100 principais usos da IA generativa em 2025”, publicado pela Harvard Business Review. Uma tendência que reflete uma mudança de paradigma pois os utilizadores recorrem cada vez mais à IA para refletir sobre hábitos, emoções e objetivos pessoais, numa abordagem mais relacional do que funcional. Especificamente sobre o uso na Saúde, em declarações recentes à agência Lusa, o Bastonário da Ordem dos Médicos sublinhou que estas ferramentas não estão habilitadas a fazer diagnósticos médicos, apontando a falta de “evidência científica robusta, mecanismos de validação rigorosos, e sobretudo, transparência algorítmica que permitam aos médicos compreender e confiar nas decisões sugeridas”. Carlos Cortes alertou que este recurso indiscriminado pode comprometer a confiança dos doentes e levantar questões de responsabilidade clínica. Ferramentas como ChatGPT, Claude ou Copilot evoluiram de geradoras de conteúdos para assistentes pessoais com impacto no bem-estar e na autorrealização dos utilizadores. A geração de ideias e a pesquisa de informação, que lideravam o ranking em 2024, perderam protagonismo, descendo para a sexta e décima terceira posições, respetivamente. O relatório destaca ainda algumas preocupações, especialmente na área da educação, devido à facilidade com que se resolvem tarefas escolares, o que pode comprometer o desenvolvimento cognitivo das nossas crianças. Esta é uma área que exige reflexão de pais, educadores e responsáveis políticos, nomeadamente quanto aos métodos de avaliação a aplicar para contornar os efeitos negativos dessa realidade. 

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